Com vibe mediterrânea (ou quase): 3 séries europeias para maratonar sem culpa

Tem dias que a gente só quer maratonar algo que dê aquela sensação de “tô vivendo uma vida na Europa”, mesmo que seja mentira descarada, né? E nada melhor do que séries ambientadas em cidades costeiras ou vilarejos europeus que parecem de cartão-postal, mas que escondem dramas pesados, segredos de família e juventudes tentando desesperadamente respirar fora da bolha.

Hoje trouxe três indicações de série que têm muito em comum: Mar Branco, Duas Covas e Adoração.

Todas carregam essa mistura de paisagem linda + tensão sufocante.

São histórias que mostram jovens em cidades pequenas, tentando fugir, sonhando com algo maior e descobrindo que liberdade pode cobrar seu preço.

Então bora? Vem comigo nessa trip cultural sem sair do sofá.

Mar Branco

Sinopse: Produção portuguesa da Netflix, Mar Branco é um série inspirada em fatos reais e se passa nos Açores. A vida de Eduardo, um jovem pescador, vira de ponta-cabeça quando um carregamento de cocaína cai no mar e chega até os moradores da vila. De repente, aquele cenário paradisíaco se transforma em palco de violência, cartéis e escolhas desesperadas.

O que eu achei: O contraste aqui é delicioso de assistir: de um lado, a fotografia de tirar o fôlego. Do outro, a vida dura da juventude que vê na droga uma chance de “mudança de vida”. É série pra ver de uma vez só, com tensão em cada episódio, mas também com personagens tão humanos que você torce, se irrita e se envolve. É verão, mas com cheiro de pólvora.

Duas Covas

Sinopse: Minissérie espanhola da Netflix, Duas Covas se passa em Frigiliana, uma charmosa cidade da Andaluzia. Durante uma festa de verão, duas adolescentes desaparecem: Marta, cujo corpo é encontrado no Mediterrâneo, e Verónica, que some sem deixar rastro. Dois anos depois, a polícia já tinha desistido do caso, mas Isabel, avó de Verónica, não. Ela decide investigar por conta própria e encontra um aliado improvável em Rafael, pai de Marta. Juntos, eles mergulham em uma busca por justiça que rapidamente se transforma em um jogo de vingança.

O que eu achei: Aqui a vibe é de tensão pura. A série tem só três episódios, mas entrega impacto como se fosse um filme dividido em partes. Isabel é uma protagonista incrível: frágil e feroz ao mesmo tempo, determinada a não deixar a memória da neta virar estatística. E o cenário? Frigiliana é linda e a cada viela charmosa a gente sente o peso de um segredo escondido. É daquelas histórias que fazem você pensar no título “cave duas covas” e perceber que em vingança, ninguém sai ileso.

Adoração

Sinopse: Adoração, produção italiana disponível na Netflix, leva a gente para a costa de Sabaudia, onde Elena, uma adolescente de 16 anos, desaparece no início do verão. Todo mundo acha que ela fugiu da vida provinciana, mas a trama mostra que não é tão simples. Ao redor dela, um grupo de amigos se vê forçado a encarar segredos, mentiras e sentimentos sufocados. São apenas seis episódios, mas cada cena é construída para deixar a tensão no ar, sempre embalada pela luz dourada e pelo calor quase opressivo da região.

O que eu achei: É uma série de emoções à flor da pele. Adoração captura perfeitamente o sufoco de crescer em cidade pequena: amizades que prendem mais do que libertam, famílias controladoras, a sensação de que o mundo tá “lá fora” e a gente nunca vai chegar até ele. O desaparecimento de Elena vira o estopim para expor tudo isso.

Fechando a mala (sem sair do sofá)

O que une essas três séries, além da vibe costeira e da fotografia de cair o queixo, é essa sensação sufocante da juventude em cidades pequenas, que sonha em escapar para o mundo a qualquer custo e os personagens mostram o quanto essa busca por liberdade pode ser intensa, dolorosa e, muitas vezes, perigosa.

Então, se você gosta de tramas que misturam paisagem paradisíaca com a densidade da vida real, Mar Branco, Duas Covas e Adoração vão te segurar do primeiro ao último minuto. Só não me culpe se bater a vontade de arrumar uma mala e sumir pra uma vila mediterrânea qualquer, de preferência sem cartéis, desaparecimentos ou segredos obscuros.

E aí, qual delas você vai assistir primeiro?