No mês de novembro eu tive a oportunidade de
conhecer o Atacama. Foi uma experiência incrível e eu separei algumas dicas
para que você possa desfrutar dessa maravilha também.
Neste post você vai encontrar dicas sobre
como chegar, onde ficar, que roupas levar e muito mais.
1. O lugar:
Apesar de chamarmos comumente de Deserto do
Atacama, a região de San Pedro de Atacama (local onde são realizados os
passeios) não é exatamente um deserto. A
região é um verdadeiro oásis, com chuvas no verão e muita vida (vicuñas,
guanacos, raposas...).
O lugar faz divisa com a Bolívia e com a
Argentina e possui fácil acesso via Calama. Altas altitudes fazem parte do
passeio, portanto, prepare-se!
A cidade de San Pedro de Atacama tem menos de
2.000 habitantes. Apesar de pequena e simples (todo o chão é de terra batida),
ela é muito bem preparada para atender aos viajantes: hotéis, hostels,
agências, mercadinhos, pessoas educadas dispostas a te ajudar caso precise.
2. Como chegar:
Primeiro precisamos chegar em Calama, que é uma cidade localizada a cerca de 1 hora de San Pedro de Atacama. Há acesso de ônibus/carro se você estiver com tempo, pois é uma viagem que dura mais de 24 horas.
Eu já
estava em Santiago e peguei um voo para Calama, que custou em torno de R$400,00
ida e volta pela Sky Airlines. Não se esqueça de comparar preços, a Lan Chile
também oferece esse voo. Outra dica é comprar separado e direto pelo site
chileno, e não o voo completo Brasil- Santiago- Calama, pois dá pra economizar
uma graninha. O preço total aumenta quando você considera o voo Brasil -
Santiago (no meu caso, custou aproximadamente R$900,00).
Daqui, ainda temos um trecho até San Pedro de
Atacama, com as seguintes opções: transfer,
táxi ou ônibus. O transfer te leva direto ao seu hotel, mas custam em média 12
mil pesos, o que equivale a R$60,00.
Nós escolhemos o taxi que, até o centro de Calama, custou 7 mil pesos (anota ai que na minha conversão 1 mil pesos é igual a 5
reais). Dividimos em três pessoas (porque achamos mais uma brasileira no
voo). Pedimos para o motorista nos levar até o ônibus que iria para San Pedro e
ele nos deixou na porta.
Existem duas opções de ônibus que fazem o trajeto e custam em média 3
mil pesos. A viagem dura 1h30min e, como a cidade de San Pedro é pequena,
o local onde o ônibus te deixa é de fácil acesso para tudo.
Resumindo: 60 reais de transfer, 25 reais de
ônibus. Você decide quanto pode gastar.
3. Clima
No verão é calor (óbvio né?) (dezembro a
março), mas é a época do inverno boliviano (ou inverno altiplânico). Nessa
época costuma chover nas regiões mais altas (altiplanos). O inverno (meio do
ano) é muito frio, mas é uma época boa para ir porque não chove.
Uma dica é aproveitar as estações transitórias
como o outono (final de março, abril, maio e
junho) e primavera (final de setembro, outubro e novembro).
Lembre-se que de qualquer forma você irá
pegar um ar relativamente seco e alternância de temperaturas. Eu, por exemplo,
peguei 5 graus pela manhã (com sensação térmica de frozen) e 40 graus pela
tarde (com sensação térmica de dançando no inferno) NO MESMO DIA!
4. Malas
Como a temperatura varia muito, você precisa
levar desde biquíni até casaco para neve.
Eu vou escrever um post só sobre esse
tema, mas anota ai: camadas! Um blusa embaixo da outra, pra que quando esquente
você possa tirar.
Um bom tênis para as caminhadas é essencial, acompanhado de
muito protetor solar!
Eu fui no estilo "posso levar tudo desde que passe no avião e que eu consiga carregar". Nós não pagamos para despachar a bagagem, então levamos um mochilão apenas com o essencial.
5. Quanto custa? Qual moeda?
A
moeda do Chile é o Peso Chileno (CLP)
e 1 Real é igual a aproximadamente 180 Pesos (é mais fácil pensar que mil pesos
são 5 reais.. 10 mil são 50 e assim por diante).
Eu
troquei meu dinheiro aqui no Brasil. Levei bem contadinho, segundo minha
previsão de gastos que fiz com pesquisas internet a fora. Estava 176 pesos por
real.
Eu
levei reais a mais e lá em San Pedro há várias casas de câmbio (que me pagaram
180 pesos por real), ou seja, dá pra trocar na hora.
Eu
não vi caixas eletrônicos (mas também não procurei), então sugiro que você leve
os reais. Também não paguei nada com cartão de crédito (porque depois tem taxa
disso, taxa daquilo... Eu sempre acho que não compensa), então não sei se os
lugares aceitam (mas sei que a agência de turismo ofereceu essa forma de
pagamento).
Essa foi a minha previsão de gastos e eu não fugi muito dela (tô ficando boa em
planejar viagens). A sua pode variar, tudo vai depender de onde vai ficar instalada,
o que está disposta a comer, quais passeios irá fazer...
6.
Passaporte
Brasileiros
não precisam de visto para entrar no Chile, mas você precisa ter um documento
atual (RG feito a menos de 10 anos) ou passaporte.
7.
Onde ficar?
Para
todos os gostos... Tem opções para quem quer muito conforto e está disposto a
gastar uma grana... Tem opções para nós, mochileiros de plantão.
Boatos
de que existem opções “full experience”, com todas as
refeições, excursões com guia, lanchinhos, inclusos. Eu acho que full experience é você chegar
perdida, andar um monte com as malas nas costas até achar o hostel, comer num
food truck um pão com palta (abacate)... mas, isso é gosto e gosto não se discute.
Apesar
de amar o estilo low cost, acho que vale a pena pesquisar bem a hospedagem para
não ter dor de cabeça. Afinal, é importante dormir bem para aproveitar tudo o
que esse lugar tem.
Fizemos
uma análise das principais opções do Booking e escolhemos o Ayni. Vai ter post
sobre ele sim, foi um lugar lindo, aconchegante e com nota 9 em limpeza
(hahahahha).
8.
O que comer?
Existem
várias opções. Desde restaurantes, cafés, food truck, mercadinhos.
Os
passeios que fizemos incluam lanches e almoço... Por isso quase não comemos
fora e quando comemos foi algo rápido, no caminho entre a agência e o hotel.
Mas,
tomei sorvete todo dia e recomendo que experimente todos os sabores exóticos do
lugar.
9.
Passeios
O
tempo que você tiver disponível vai te permitir escolher os passeios. Eu tive
apenas 3 dias e acredito que 5 teriam sido o ideal (daria para fazer os passeios e
conhecer a cidade com mais calma).
A
cada metro tem uma agência de passeios. Nós escolhemos a Ayllu e reservamos
nossa prévia de pacote ainda no Brasil.
Essa
agência tem o preço um pouquinho mais caro do que as outras, mas o custo
beneficio compensa. Os guias são excepcionais, educados, a comida que eles
oferecem é absurda (comi salmão no deserto), os horários dos passeios são os
melhores (sem todos aqueles outros 33464 turistas em volta)... Enfim, recomendo
fortemente.
Eu
prefiro comer salgadinho por 3 dias e economizar para gastar nos passeios, do que
me arrepender depois por ter tido problemas na viagem.
No
dia em que chegamos, passamos na agência para acertar os detalhes. A moça que
nos atendeu foi muito educada e nos explicou sobre os passeios, quais seriam os
mais legais e possíveis de fazer no tempo que tínhamos e também nos falou sobre
a aclimatação. Por se tratar de uma zona de altitude (tem pouco oxigênio quando
comparado com aqui), o corpo precisa ir se adaptando então eles sugerem que
você comece por atividades que estão a 2.500m e deixe as que ultrapassam os
4.000m para o final.
No nosso caso isso não rolou e começamos a 4.600m. Eu senti apenas uma dificuldade em respirar, mas a Roberta passou um pouco mal e queria dormir no chão no meio dos Geisers. Os guias estão preparados para essas situações e eles ficam dando dicas de como evitar que isso aconteça. Andar devagar e beber bastante água fazem parte do plano.
Vou
fazer um post só sobre as excursões que fiz, mas se quiser ir adiantando dá uma
olhada no site da Ayllu. Além dessas opções, nós fizemos o tour astronômico pela
agência Space.
Esse
é um resumo, com os principais pontos da viagem para o Atacama. Fique de olho
que mais posts sobre o assunto vão aparecer e se você tiver qualquer dúvida é
só deixar um comentário aqui em baixo.
Gostou
das dicas? Já conhece algum lugar na América do Sul? Qual é a dica que você
daria para um novo viajante?
Se você não viu, confere a TAG VIAGEM aqui no blog... Ela tá cheinha de dicas e roteiros pela Europa. E lá no instagram tem foto do Atacama todo dia!
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