Passei tanto tempo tentando fazer tudo que hoje não consigo fazer nada!
Essa foi a conclusão dessa manhã, quinta-feira e feriado de Tiradentes, antes de decidir não ir ao Pilates (ou ainda, antes de não conseguir ir ao pilates).
Mesmo afastada do trabalho, com um atestado de 14 dias, e estando em um feriado, acordei as 5h e já me senti fora de mim.
Para não correr o risco de deixar o dia passar, levantei e coloquei a roupa que usaria no pilates. Estava decidido e as 10h eu aproveitaria esse meu tempo.
Tomei café e tentei reorganizar as minhas ideias. Coloquei algumas coisas no papel… Joguei alguns papéis fora.
Fui na padaria. Voltei. Agonizei andando em círculos? Mas, por qual motivo? Hoje você não tem nenhuma obrigação e não deveria ter nada te incomodando.
Coloquei uma série, desliguei. Retomei uma leitura… Andei em círculos. Senti vontade de contar ao mundo o que estava acontecendo, mas não achei que seria justo com o tanto de problemas que o mundo já enfrenta.
Respirei! Pirei!
Percebi que o que me atormentava não era a ideia de ir pro Pilates, até porque isso iria me fazer bem. Mas sim a sensação de que sair de casa iria me afastar cada vez mais do eixo que eu tanto tentava encontrar.
Afinal, estar em casa me coloca no eixo ou só me deixa na minha zona de segurança? Com certeza é a segunda alternativa, porque ao mesmo tempo que me sinto segura aqui me sinto sufocando e me afastando cada vez mais de quem eu quero ser.
Respirei! Tomei banho, cancelei o pilates e decidi escrever. O mundo tem problemas, mas isso não significa que os meus sejam menores ou que eu deva me culpar por eles.
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