Você já se esforçou tanto para provar algo para o mundo que esqueceu de acreditar em si mesma?

Essa foi a ficha que caiu por aqui. Foram anos batendo no peito e gritando ao mundo que eu era capaz. Essa tentativa de provar para todos fez com que eu desenvolvesse alguns pontos cegos e culminou para a minha grande crise e toda a angústia da qual tempo me livrar. 

"Se você não se espertar vai ficar pra trás.

A filha da vizinha tá fazendo tantas coisas e você ai sem terminar nada do que começa. 

Que que adianta fazer caminhada e comer chocolate?

Você é mediocre demais para passar em uma universidade pública.

Seu curso é besta demais e você nunca vai contribuir em nada.

Se escolher ser professora vai ser pobre, se quiser ser pesquisadora talvez seja desempregada.

Você é nova demais e quieta demais para ter ideias legais ou mesmo para conseguir se posicionar diante da vida."

E então eu corri. Corri muito. E fui desmistificando cada fala, ou mesmo olhar, que recebi durante a minha vida. O problema? O excesso de justificativa.

Para tudo eu me justificava – e para todos.

Não posso ir na festa? Vou mandar um textão cheio de justificativas.

Quero ministrar uma palestra? Vou mandar um textão cheio de justificativas.

Comprei pizza quando estava querendo mudar a alimentação? Já sabe! Justificativas!

E no meio desse mar de justificativas eu me perdi. E deixei de confiar na minha habilidade de saber o que é melhor pra mim.

Por isso, hoje eu escolho menos justificativas, mais confiança em mim mesma e mais acreditar no meu potencial.